Todas as pessoas que fazem o Caminho de Santiago, logo de início percebem que o propósito do Caminho não é chegar em Compostela, e sim CAMINHAR!
Mas acaba sempre existindo um medinho…de que ao chegar no próximo destino você pode não encontrar uma cama disponível. E ter então que continuar… mais sei lá quantos quilômetros de caminhada a noite, até o próximo albergue.
Muito bem, em um dia desses lindos de morrer, em que o Caminho passa por florestas e lugares incríveis, eu e meu companheiro de caminhada naquele dia, um rapaz de Amsterdam (sim, porque você vai mudando de companheiros, cada um tem o seu próprio passo, e muitas vezes ou você ou seus amigos ficam para trás…) decidimos não correr, não nos importarmos com o “chegar” e aproveitarmos ao máximo aquele visual todo e energia.
Comemos um pedacinho de cogumelo seco que ele trouxe da Holanda (hihihi, eu nunca tinha provado!) e lá fomos com a proposta de viver o momento…sentamos na floresta, rimos muito, falamos das nossa experiências; enfim foi um dos melhores dias da minha jornada.
O problema é que acabamos chegando muito tarde ao albergue; o único ponto de pousada por aquelas bandas, o Mosteiro de San Juan Ortega.
Mosteiro de San Juan Ortega
E aconteceu o que todo mundo tem medo no Caminho: não havia mais camas disponíveis para nós dois! Olhávamos um para o outro com cara de “e agora?”, chegando mesmo a nos arrepender de ter sido tão confiantes. Já anoitecia e não havia como achar um lugar àquela hora.
Começamos a nos acomodar num cantinho no chão mesmo, quando do nada, dois franceses saíram de suas camas arrumaram suas mochilas e partiram… a noite????!!!!!! 🙄
E essa foi a quarta magia do Caminho!
Como disse um peregrino:
“O Caminho é como a vida. Pode ser fácil ou difícil, depende só de você, da maneira como você a olha. Se você procura viver só o momento, tudo fica mais fácil, pois o futuro na verdade não existe!”
Meu Caminho de Santiago (parte5). Uma viagem na história
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