A intuição comanda minha visão de mundo. Ao observar a vida ao meu redor, eu percebo um inventário de aspirações e necessidades do ser humano, que tento devolver ao mundo através de formas e cores.
Meu trabalho procura assim, expressar através de cores e sentimentos, a diversidade e potencialidade da alma.
Com uma obra essencialmente espiritual, me disponho como um canal de expressão das energias divinas, trabalhando as relações entre espírito, cor e imagem.
Ao iniciar cada novo trabalho, medito e me concentro pedindo a Deus que me faça canal de expressão de uma determinada energia que intuí como sendo necessária ao mundo, ou a alguém naquele momento.
A emoção sempre vem de dentro para fora e nasce no momento em que o artista idealiza sua obra, assim como no momento em que o observador a visualiza. Assim, acredito que aquele que necessita por exemplo de “coragem”, será impregnado por essa energia ao olhar e conviver com uma pintura que foi batizada e consagrada à “coragem”. O mesmo com outras tantas energias como “paz”, “amor”, “felicidade”, prosperidade”, “cura”, “proteção” que são canalizadas e transformadas em pinturas.
Não pretendo que meu trabalho neutralize o espaço em que foi colocado mas sim, aja como um provocador, instigando o observador a olhar com atenção, convidando e requerendo pensamentos e sentimentos, conectando-o assim à energia do quadro.
É um trabalho simples na medida em que permite que a arte flua através de gestos livres do pensar, livres de qualquer racionalidade. Simples para ser aquilo que Deus quer de mim naquele exato momento. É um resgate da magia, da criança espontânea e sonhadora que existe na alma de cada um. Uma pintura natural…
Para mim, a Arte é um dos poucos meios de trazer o Espírito à forma. É a conexão com o Espírito.
A Arte é o Espírito feito tangível.
Mônica Zacharias